

Renato Maurício Prado: O único concorrente à altura de Aydano André Mota. Também faz algumas piadas bobas, mas ri mais discretamente. O excesso de carioquês nem prejudica tanto, mas às vezes você se pergunta como é que alguém tão mediano consegue chegar tão longe.
Telmo Zanini: Um dos maiores comentaristas do óbvio da história. Só não é pior que Armando Nogueira, hors concours. O gaúcho Telmo Zanini baseia 99% de suas análises em estereótipos. Logo, argentino é só catimba, japonês só corre, italiano só defende e inglês só cruza. Sem-graça que só ele, dificilmente deve ser reconhecido na rua. Pode exagerar no ufanismo, achando que o pior brasileiro é melhor que o melhor estrangeiro.
Dácio Campos: Comentarista de tênis, deve sofrer de excesso de empolgação. Geralmente, o ex-tenista começa a berrar e analisar o mais elegante dos esporte como um adolescente faria. Exagera no excesso de expressões específicas, como “top spin” e “forehand”, como se pensasse “eu entendo, vocês não”. Parece um adolescente! Qualquer dia, alguém vai perguntar para ele: “e aí Dácio, agora vale tudo?”




E por último, no álbum Shabby Road, Dirk é o único que está descalço. Isso evidencia sua falta de audição porque, caso contrário, ele poderia ouvir os alertas de que o asfalto estava quente e queimaria seus pés.

- Deixe crescer uma barbicha sem-vergonha para poder coçar o queixo
A vida passa sem nos darmos conta. Passa rasgada, batida, como o ventinho frio da alvorada arrastando os copos de plástico amassados; as cinzas chorosas de mais um carnaval que findou. A vida passa, pois sempre tentamos agarrá-la, como uma cobra molhada que escapa das nossas mãos.
Na segunda partida, no Estádio Olímpico de Córdoba, os Matadores conseguiram um verdadeiro milagre, apoiados por mais de 30 mil torcedores. Ricardo Silva abriu o placar aos 39 do primeiro tempo, e levou o Talleres em vantagem para o intervalo. Na volta, Darío Gigena (que depois passaria pela Ponte Preta) faria o segundo aos 30. O resultado levaria a decisão para os pênaltis, o que já seria uma grande vantagem para La T, que jogava em casa.
Mesmo assim, insatisfeitos, o Talleres partiram com tudo pra cima, aproveitando o acuamento do CSA. De tanto insistir, o gol saiu. Ironicamente, também aos 45 do segundo tempo, marcado por Julián Maidana (o mesmo que joga hoje no Grêmio). Delírio da torcida de Córdoba, que comemorava seu primeiro título internacional.
Sobrou ao Marujo (apelido da equipe alagoana) ter o artilheiro da competição em 99: Missinho, com quatro gols, ao lado de Marcelo Araxá, do São Raimundo. O time do ex-presidente Fernando Collor ainda revelou o meia Souza, reserva na época e hoje no São Paulo.
Talleres-ARG 3 X 0 CSA-AL
Local: Estádio Olímpico Chateau Carreras, em Córdoba (Argentina)
Data: 8 de dezembro de 99
Público: 33.000
Árbitro: Ricardo Grance (Paraguai)
Gols: TALLERES: Silva (39min/1oT), Gigena (30min/2oT) e Maidana (45min/2oT)
Cartões Amarelos: TALLERES: Maidana e Roth. CSA: Mimi, Mazinho, Ramon, Veloso e Jivago
Cartões Vermelhos: CSA: Fábio Magrão
TALLERES: Cuenca; Díaz (Pino), García, Maidana e Roth; Ávalos, Santos Aguilar, Humoller e Silva (Cabrera); Astudillo e Gigena
Técnico: Ricardo Gareca
CSA: Veloso; Mazinho, Marcio Pereira, Jivago e Williams; Fábio Magrão, Leo, Ramon e Bruno Alves (Fabinho); Mimi e Missinho
Técnico: Otávio Oliveira

Entre os argentinos, casos de equipes como Lanús e Colón, ou os colombianos do Deportivo Tolima. Entre os brasileiros (principalmente), a situação era tão gritante que permitia a participação de Vila Nova, São Raimundo, América-RN, Rio Branco-AC, Sampaio Corrêa e CSA. O caso dos alagoanos é o mais interessante: mesmo sem figurar entre as maiores forças da região, foi o Azulão do Mutange o primeiro time nordestino a chegar à final de uma competição continental.
A caminhada seria imprevisível e começaria contra o Vila Nova. Os azulinos venceriam em casa, com gols de Missinho e Mazinho, mas levariam o troco em Goiânia, com Junior e Reinaldo Aleluia (foto) devolvendo o 2x0 do jogo inicial. Mesmo jogando contra a torcida, o CSA venceu por 4x3 nos pênaltis.
Logo nos primeiros meses de vida, Gepeto apresentava uma espécie de demência que o levava a babar incessantemente. Seus pais, desesperados, procuraram médicos de toda sorte para tentar curar as mazelas da pobre criança.
Com o passar do tempo, o que parecia uma demência mirim, acabou se transformando em um bizarro poder de atrair pombas das mais variadas espécies (desde as tradicionais pombas urbanas de tamanho mediano ate as famosas "galudas" pombas radioativas de Santos, do tamanho de um pavão). O caso chamou atenção, logicamente, e a imprensa local não poupou esforços em trasnsformar Gepeto em uma espécie de aberração infanto-juvenil, chegando até mesmo a batizá-lo de "O Encantador de Palomitas".
Estigmatizado pela sociedade vil, Gepeto pai decide se mudar com a família para um bucólico cenário afastado de qualquer presença humana. O garoto passava horas a fio a divagar na penumbra da solidão em uma sacada secreta que só ele conhecia.
Um dia, brincando de "Tapete do Líbano" em sua suntoasa mansão campestre, Gepeto, agora adolescente, descobriu que podia fazer de sua brincadeira um meio de ganhar umas verdinhas sem ter de vender limonada caseira com gosto de solvente e água de poço.
Chega o momento da procriação, e, como naturalmente há de ser, Gepeto bota no mundo um herdeiro para ocupar o seu medíocre lugar na Terra. O fato é que as estranhezas acabaram por ocorrer novamente com nosso malogrado herói pícaro, e Gepeto não só descobriu que era potencialmente apto a conceber uma criança, como também tinha o dom da auto-fecundação passiva. Entretanto, Satoshi nasce com sintomas semelhantes aos do pai quando criança. Será o fim de uma saga? Não percam o próximo episódio de "Gepeto, uma criança como outra qualquer".
Os erros da Matrix são uma constante na vida humana. Analistas dizem que eles existem desde que o mundo é mundo, mas só ganharam o devido reconhecimento em 1999, por alguma razão desconhecida. Porém, certos erros são tão bizarros, tão hediondos, que certamente mudam toda uma concepção natural de mundo.