26 janeiro 2007

Burocásper

25 janeiro 2007

Tentativa de cor

22 janeiro 2007

O fracasso de Festival Express

Festival Express, está aí um filme que me decepcionou. Para quem não sabe, o Festival Express foi uma iniciativa de reunir músicos de diversas bandas de rock, blues e folk e excursionar pelo Canadá de Leste a Oeste com paradas periódicas para apresentações em diferentes cidades. Entre os nomes de destaque estão Janis Joplin (cuja música eu nunca apreciei e cuja pessoa sempre me amedrontou), The Band, Greatful Dead e Buddy Guy. Os nomes pesam, de fato, mas as apresentações deixam muito a desejar. O Greatful Dead parece mais um bando de jovens brancos evangélicos querendo pregar as palavras de Cristo; Buddy Guy tem na garrafa de uísque o seu braço direito, sem a qual seria incapaz de tirar três notas da guitarra surrada; Janis Joplin é assustadora em seus gemidos carentes e The Band, que chega a ser o único destaque entre os nomes já mencionados, não apresenta nada de especial. Para piorar, a execução das músicas é repetitiva e enfadonha, todas elas bebem na esgotada fonte do blues e as letras são um tanto quanto ingênuas. A experiência deve ter sido inesquecível para os músicos, de fato, que bebiam, comiam, faziam música, sexo e se entupiam de todo o tipo de entorpecentes até o amanhecer, tudo bancado por um avarento produtor estilo-macho-alfa-do-oeste sem muita visão de negócios. Ao fim do filme, você tem a leve sensação de que escutou uma só música ao longo de duas horas. Contudo, há uma razão de ser nisso tudo: 1970 é um ano de ruptura no mundo do rock, seja pelo fim dos Beatles, seja pelo aparecimento de novas bandas no jogo. Desde 1967 o rock já vinha amadurecendo com o lançamento de álbuns importantes, como Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band, dos Beatles e The Piper at the Gates of Down, do Pink Floyd. O gênero deixava de ser um mero veículo de diversão para apreciadores mais ortodoxos que viam na música simplesmente uma forma de dançar e se distrair. O chamado "rock progressivo" tomava corpo com letras que tratavam de temas mais profundos à natuerza humana e ousadas melodias, que, não raro, ultrapassavam as próprias barreiras do rock 'n roll tradicional. Por isso Festival Express é tão sonolento, porque seus músicos pararam no meio do caminho. Continuaram a fazer música de pré-adolescente em um tempo em que o rock já batia nas portas da maturidade. Mas quem quiser uma aventura descompromissada, pode desembolsar uma graninha e alugar o filme. Eu não recomendo.

16 janeiro 2007

Quando um mito ressurge...



Pois é, a lenda Jeremias voltou (travado como sempre). A nova peripécia do cabra que tomou cana com o cão parece ter sido ocasionado por um cavalo, que é "mais gordo que nóis", disse em suas palavras. Para salvar sua pele, Jeremias lançou uma máxima: "Ali o que eu disse que não disse que não era pra dizer", desconcertando qualquer pensamento metafísico atual.

Mas os louros da fama estão se voltando contra o pobre e inebriado Jeremias. Depois de fazer sucesso na gringa, algumas teorias conspiratórias passaram a duvidar da integridade do cara que, se pudesse, matava mil. Sem fundamentos, é lógico.

10 janeiro 2007

'Tem vida zero?' - Parte III

4. Lava Reef

Depois de três jogos da série, era esperado que os produtores repetissem a idéia de alguns chefes em Sonic & Knuckles. Para surpresa geral da nação, nada de tetos que despejam estacas ou plataformas incendiárias. Só chefões inéditos! Entre eles, o melhor é - de longe - o de Lava Reef, onde uma cabine coberta de pontas lança bombas para o céu, sem destino certo para cair a não ser a cabeça do nosso herói. Enquanto a lava vulcânica inunda tudo ao redor, Dr. Robotnik desequilibra o cenário e faz com que Sonic seja obrigado a se equilibrar em rochas que correm em direção à própria cabine inimiga.

Complicado? Um pouco. Mas cheio de ação! Quem chegar, tente fazer o chefão se matar sem a proteção da bola de fogo ou, melhor ainda, sem rings.

3. Death Egg. Agora, o clássico de Sonic 2.

Não era nada simples passar pelo Metal Sonic. Em uma fase em que não havia rings como garantia de sobrevivência, era preciso alguma dose de tempo decorando sua seqüência de movimentos para passar por ele. Isso quando você não errava o golpe, acertava sua crista assassina e morria! Quando você matava seu clone sob os olhares atentos de Dr. Robotnik e garantia a maior emoção de sua vida, tinha a amarga surpresa de descobrir que o inferno tinha só começado. Mesmo assim, não é todo mundo que se lembra da Death Egg Zone pelo robô gigante que encerra Sonic 2, mas o Metal Sonic é inesquecível! Convenhamos: era bastante original por parte do Sonic Team colocar Sonic para lutar contra ele mesmo.

2. Green Hill Zone

Aquele que jogou Sonic quando era 15 anos mais novo do que hoje e não se emocionou ao destruir Robotnik e sua bola assassina, que atire a primeira pedra. O negócio era simples: duas plataformas, uma nave que percorria a tela balançando uma bola presa a uma corrente que queria te acertar. Idéia simples, mais simples ainda era passar por ele. Mesmo assim, qualquer menino de seis anos se sentia o cara mais legal da rua por conseguir passar o primeiro 'chefão'. Bom, pelo menos para quem tinha um Mega Drive.

1. Sky Sanctuary (Metal Sonic 3)


O chefe mais legal da história do Sonic é, na verdade, uma espécie de sub-chefe. Apenas um adversário que você tem dar umas pancadas a mais antes de avançar na fase. Mas foi uma sacada genial dos produtores a de misturar os dois chefes mais representativos da série como um adversário da fase. Para avançar na Sky Sanctuary Zone, de Sony & Knuckles, é preciso vencer o Metal Sonic, que volta no tempo para resgatar o primeiro chefe da história de Sonic. Um saudosismo sensacional, com uma dificuldade a mais: com um espaço mais apertado para desviar das tentativas da nave, a bola ainda se move mais rapidamente. É o êxtase da volta mais desafiadora do chefe mais legal da história!

'Tem vida zero?' - Parte II

8. Deat Egg Zone. Mais um.

O primeiro chefe imenso da história de Sonic encerra Sonic 2, e não é nada fácil de matar. Seria, se a Death Egg Zone tivesse rings. Mas a grande emoção está aí: o chefe não é um bicho de sete cabeças, mas não permite erros. De repente, um passo em falso e você acerta as pontiagudas garras do monstro, um clone metálico gigante de Robotnik. Nada que uma estratégia repetitiva não superar.

O Robô Gigante que fecha Sonic 2 inspirou outros imensos chefes, que podem ser visto com mais freqüência em Sonic & Knuckles. Basta reparar no laser da esfinge de Sandopolis ou chefe final de Death Egg Zone (não confundir com a fase de mesmo nome do jogo deste tópico).

7. Marble Garden Zone

É um chefe relativamente fácil quando você joga com Sonic, mas que se torna um inferno para quem joga apenas com Miles. O Robotnik voador exige que você ataque pelo ar, o que faz com que Sonic conte com a ajuda da raposinha de duas caudas, que o puxa e o joga em cima da nave-furadeira. Porém, sem o porco-espinho azul, o leal companheiro laranja é obrigado a atacar sozinho, com golpes de 'hélice'. Como é muito difícil conseguir brecar sem que o corpo se choque, a pancada e a chuva de rings é quase inevitável. Nada impossível, mas que dá trabalho até pegar o jeito.

Uma curiosidade: jogando com Knuckles, este chefe é substituído por um nave semelhante, mas que não voa. Pelo contrário, a peleja é subterrânea contra as brocas que saem voando cruzadas em sua direção. Desvie, lógico, e quando o robô – que não é o Robotnik – for buscar as paradas, dê nele!

6. Marble Zone

A exemplo do que já aconteceu com a Mystic Cave Zone de Sonic 2, o chefão de Marble Zone de Sonic também foi um dos principais referencias que chefes que veríamos pelos anos seguintes. Era quase obrigatório enfrentar chefes que colocavam fogo em plataformas, o que nos obrigava também a pular de uma para outra incessantemente. Porém, como novidade na época, o padrão era um desafio novo e - oh! - desafiador. Nem tanto pela criatividade, mas pela significação para os fãs, o segundo chefão de Sonic está aqui.

5. Oil Ocean Zone

Depois de tantos chefes em que é necessário ficar macaqueando de uma plataforma para outra desviando de chamas, a Oil Ocean Zone de Sonic 2 apresenta uma novidade. Depois de passar por um angustiante e inóspito mundo de petróleo, Ivo 'Eggman' Robotnik te ataca em novas plataformas incendiárias. Se há pouca novidade na essência do negócio, os disparos de laser ajudam a dar nova gás ao negócio. Não bastasse Sonic ter que desviar dos disparos, é preciso torcer para que eles não atinjam o piso das plataformas, que – sim – pegam fogo!

Pensa que acabou? Quando a nave inimiga afunda no óleo (e é hora de atacar), ainda dispara um arpão em sua direção. Então, ela volta (e é hora de atacar de novo), e você pode cair no óleo. Se ficar preso ali embaixo, perdeu, preibói! Nada fácil...

09 janeiro 2007

'Tem vida zero?' - Parte I

Sonic foi lançado pela Sega em 91 para conseguir o que Alex Kidd não chegou nem perto: ameaçar o reinado de Super Mario Bros., a lenda da Nintendo que, de tão influente que é, dá nome a este blog (precisa mais?). Criado por Naoto Oshima, o porco-espinho azul mais famoso do mundo logo conquistou nossa geração com efeitos fantásticos de som, cor e textura. Mesmo que não tenha alçado a era mitológica que Mario alcançou, entrou para a posteridade como uma das franquias mais bem-sucedidas da história dos games.

Em um mundo atual dominado por RPGs chatos, há espaço para quem ainda se divirta com os jogos plataforma ou com o bom e velho 2-D. Hoje, a Sega passou de um megaconglomerado para uma mera desenvolvedora de jogos. Por incrível que pareça, ainda toca em frente a série Sonic, mas para PS3, X-Box, GameCube e outras coisas que ninguém mais gosta. Não como na época dos bons e velhos Mega Drive, Master System e, vá lá, Super Nintendo.

Sonic é um desses jogos que deixa saudades, com espaço intocável no panteão sagrado de games como Pac Man e Space Invaders. Gente saudosista como eu tem como matar as saudades, baixando as boas e velhas ROMs por aí, embora não seja tão legal quanto ligar o botão e ler aquelas letras brancas que diziam 'produced by or under license of Sega enterprise co.'.

Para desocupados em geral, elaboramos (bom, elaborei) a lista dos 12 chefes mais legais da história de Sonic. Originalmente seriam cinco, depois dez... Mas foi impossível e fizemos 12. Agradeçam que não são todos, pois fases como a desconhecida Doomsday mereciam.

12. Casino Night Zone

Casino Night Zone, uma das fases mais legais de Sonic2 (e de toda a série Sonic), tinha um chefe bem bacana. Depois de passar por inúmero caça-níqueis e, que podiam render até 200 rings, Sonic se deparava com uma nave de Robotnik que praticamente atacava de DJ. Enquanto ele deslizava horizontalmente pela tela, disparava bolas que explodiam no chão. Para passar por ele, alguns impulsos ou loopings e pancadas na cabeça. Fácil de matar, abre a lista pela originalidade, já que jamais foi copiado.

11. Death Egg Zone

O olho gigante da Death Egg Zone de Sonic & Knuckles é um dos chefes mais assustadores de toda a série. Uma porque ele tem uma série de bolas explosivas girando ao seu redor. Quando você ataca, uma delas explode e lança espinhos em você. Quando as bolas terminam, o olho começa a soltar um laser gigantesco em direção ao chão. Não bastasse o laser, o bicho ainda te persegue e sai girando umas plataformas assassinas na sua direção.

É pouco ou quer mais? É difícil de matar sem perder os rings. Mas um Hyper Sonic como o da foto torna tudo mais fácil. Com tanta ignorância do monstro assim, que sai com zap e sete copas em cima de você, não tinha como não arrumar um lugarzinho para ele aqui, certo?

10. Wing Fortress Zone

Depois de uma das fases mais complicadas de Sonic 2 (de toda a série), nada de naves que te atacam ou algo do gênero. Após toda uma tarde jogando, Sonic era obrigado a percorrer toda a fuselagem de um avião em pleno ar, onde qualquer errinho poderia custar caro. Era esse o cenário para o chefe da Wing Fortress Zone.

De fato, nada de navezinhas cuspindo fogo. Cercado por uma parede laser que restringia os movimentos, Sonic era atacado por um feixe também de laser. Enquanto isso, plataformas assassinas giratórias voavam cegamente por aquele pequeno “aquário”, sobre as quais Sonic tinha que se virar para se apoiar naquilo sem se machucar, e ainda atacar o laser. Ganha a peleja, Robotnik foge em um foguete, e o famoso aviãozinho turbinado de Tails aparece para perseguir o pilantra até a Death Egg Zone. Vale pela inovação!

9. Mystic Cave Zone

As brocas assassinas do chefão da Mystic Cave Zone de Sonic 2 foram daquelas que deram origem a um padrão de chefes. Depois daquele Dr. Robotnik, houve inúmeros outros que subiam e desciam das paredes despejando pedras e estalactites. Mas este foi o primeiro deles, e que seria copiado depois em Hidden Palace Zone, Marble Garden Zone e outras.

Não é um chefe difícil. Basta ficar desviando das estalactites que caem e pular em cima do bicho quando ele atravessar a tela. Dizem as más línguas que a proteção de bolha de Sonic 3 rebate as estalactites, mas uma coisa é certa: dá pra atacar o todo-poderoso de Mystic Cave mesmo quando ele está com as garras para cima. Basta pular entre elas, o que - tudo bem - não é fácil.

É, os alemães são bizarros