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quântica

Jair alargou um sorriso antes de abrir os olhos e havia um prazer novo em acordar naquela manhã. Era Neide que tinha o pau de Jair inteirando a boca e o engolia de uma voracidade matinal.

Nada de pão com manteiga: pica no café-da-manhã.

Jair, em semi-sono, remontou bem lento umas palavras de modo a parecer inteligente e assumir a posição de quem bem estava a fuder-lha boca. Mas as palavras decidiram-se sozinhas e o atropelaram em desajeito:

- Ora Neide! Deu de acordar-me pelo pau?

Neide fez que um engasgo com o pau a meia garganta, mas não ousou recuar; maneira alguma o faria! A chupada era insistente, fluída, e Jair já nem bem sabia se era por prazer que deixava Neide prosseguir ou se pelo bem do equilibrío universal. Temia que se interrompesse aquela chupada o pinto lhe fosse sumir ali mesmo entre os dentes amarelos, ou ainda que os átomos todos do universo se fossem negar a sustentar seus elos.

A mulher deu de dedilhar as bolas de Jair para após dar-lhes com a língua. E Jair, já sentia o coração pulsar-lhe no pau em euforia disritmada.

- Relaxa a glote mulher!

E forçou-lhe, pois, com três dedos repousados à nuca até os lábios conhecerem o talo. Jair sentiu a garganta de Neide sublinhar-lhe a cabeça do pau e logo pressentiu que iria ejacular ali mesmo, garganta abaixo, nutrir-lhe pela sonda grossa que lhe imperava as pernas cheias de pelos. Tremelicou indócil ao sentir o gozo se lhe formando e fez adiá-lo pensando na avó falecida untando-se de creme-10%-de-uréia.

Foi que o relógio apontou saudoso o horário comercial. O telefone, que assistia a tudo de uma tolerância incomum, decidiu, enfim, reclamar o fim daquela putaria descontrolada que tomava a cama por palco. A que Neide subiu os olhos pouco molhados, sofrendo antecipadamente os toques que seguiriam curso, irremediáveis, quanto o primário se apresentara. Jair alongou as costelas enquanto Neide assegurava-lhe a pélvis com as mãos e, pelo fim das costelas, alongou bem o braço que se findara na mão deduzindo os dedos. Puxou o sem-fio para ao pé do ouvido a que um nasalizado quis ressoar:

-"Parabéns pra você...nesta data querida...muitas felic..."

Sentiu que voaria se Neide ali não o estivesse a privar, e não soube mais que dizer, feito um sorriso maior que o primeiro:

- Ah! Minha mãe!

E, com ódio, Neide pensava se engolia ou se cuspia.

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crônica-pornô.
originalmente publicada em vibrissas.blogspot