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The Worst Matrix Error Ever (ou Como me Tornei Mestre) pt.1

Os erros da Matrix são uma constante na vida humana. Analistas dizem que eles existem desde que o mundo é mundo, mas só ganharam o devido reconhecimento em 1999, por alguma razão desconhecida. Porém, certos erros são tão bizarros, tão hediondos, que certamente mudam toda uma concepção natural de mundo.

Este fato tem-se início na longíqua Guaratinguetá, onde eram realizados o XII (ou XIII na contagem extra-oficial) Jogos Universitários de Comunicação e Artes, também conhecido como JUCA. Era uma quinta-feira gelada de maio de 2005, onde alguns poucos presentes se encontravam no muquifo gentilmente apelidado de república para estudantes. Era um ambiente rodeado por substâncias ilícitas e por pessoas tão excêntricas que fariam Hunter S. Thompson se revirar na cova.

No pequeno grupo de pessoas, que contabilizavam em 7 indivíduos, dentre os quais dois anfitriões, nenhum se encontrava em estado formidável de pensamento. Estávamos totalmente esparramados naquela sala pequena, úmida e gelada - um detalhe interessante é que mesmo com o frio, a porta da entrada permanecia aberta. Mas tudo por uma causa nobre: esperar um dos nossos parceiros chegar ao recinto para irmos à uma balada.

Enquanto viajávamos mentalmente em razão dos estridentes gritos de Janis Joplin, cujo cd tocava num misterioso carro do lado de fora da casa - bom, a verdade é que ninguém teve forças para ir lá ver de quem era -, ficávamos fisicamente inertes, com os pensamentos para si. Até que resolvemos conversar sobre uma bobagem qualquer. Num nível de demência sem tamanho, começamos a falar sobre um mundo utópico regido por engradados de cerveja e afins (um lugar melhor para se viver, diga-se de passagem, mas isso é um tema para um outro tópico). Pouco tempo depois, nossa conversa encerrou-se e tivemos que voltar àquela situação constrangedora anterior, só que sem um som ambiente para embalar nossas esvoaçantes cabeças.

Então, eis que, repentinamente, o som de uma gaita rompe o silêncio. As teorias não demoraram a aparecer. Será um fantasma? Será o espírito de um prisioneiro de Alcatraz? Será Bill, depois de abandonar sua flauta e as espadas Hattori Hanzo e adotar um novo instrumento? Provavelmente não, pois um dos residentes logo revelou ser o autor da melodia, mostrando sua pequena harmônica. Porém, isso em nada alegrou as nossas almas. "É nessas horas que dou valor a um Playstation com Winning Eleven", disse um dos presentes. "Até tinhamos, mas acabamos emprestando pra uns caras aí", salientou o anfitrião. Realmente era uma quinta-feira estranha de Maio. Mas isso era só o começo da noite... (continua)
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Originalmente publicado no site Epítetos Espiclondríficos

Ah, que sensação indescritível é relembrar aquela noite peculiar de devaneios-mil.

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