Mundial que vem
Em um brilhante exercício de antecipação, o Mário Flamejante adianta o que estará pulando em todos os sites de esporte dentro de poucas semanas. Fazemos aqui uma análise de como será o Mundial Interclubes que o Inter disputará no Japão em dezembro, na condição de favorito. É bem verdade que o Barcelona é mais favorito ainda e o América do México podem atrapalhar os gaúchos, mas ninguém - nem os são-paulinos - são capazes de falar que um tropeço do Inter é esperado.
O regulamento é simples. Auckland City (campeão da Oceania) enfrenta o Al-Ahly (campeão da África) pelo direito de enfrentar o Inter (campeão da Libertadores). Do outro lado, América do México (campeão da América do Norte, Central e Caribe) e Chonbuk Motors (campeão asiático) medem forças para encarar o Barça (campeão europeu). Os vencedores fazem a final. Mas até lá, o que podemos saber desses seis times?
Auckland City: Com a saída da Austrália da Confederação de Futebol da Oceania (OFC), a Nova Zelândia deve ter uma grande hegemonia no futebol local, e já começou comprovando com o título do Auckland City na Copa dos Campeões da Oceania. O problema do time é que, além de semi-amador, a concorrência local é fraca. Para que se tenha idéia, o adversário do Auckland na final foi o AS Piraé, do Taiti, vencido por 4x0 em casa. O grande mérito do time neozelandês é o famoso elemento-surpresa. Com aquele velho chavão de entrar como franco atirador, será difícil chegar sequer às semifinais ou ficar com o quinto lugar. Mas não é nada demais ter alguma atenção com o atacante sul-africano Keryn Jordan.
Al-Ahly: Ninguém é bicampeão continental a toa. É com esse pensamento que os egípcios do Al-Ahly irão ao Japão, de olho em uma campanha mais feliz que a de 2005, quando perdeu para Al-Itthad e Sidney FC e ficou na lanterna do torneio. O grande mérito do time, considerado o maior time africano do século XX segundo a Fifa, é o técnico português Manuel José, que comanda a equipe desde 2003, além do entrosamento do conjunto. Se quiser passar pela estréia, o Auckland City terá bastante trabalho para vencer o goleiro Essam El-Hadary, o habilidoso meia Mohamed Barakat e o perigoso centro-avante Emad Moteb, todos remanescentes da campanha de 2005.
Chonbuk Hyundai Motors: A equipe sul-coreana, também conhecida como Jeonbuk Motors, teve o azar de pegar, logo de cara, o América do México. Isso deve dificultar bastante a tarefa da equipe, que demonstrou bastante força no caminho (curto) até Tóquio. Para ser campeão da Liga dos Campeões da Ásia, o Chonbuk passou por equipes tradicionais, como o Gamba Osaka e pelo Ulsan Hyundai, antes de vencer a zebra síria Al-Karama na final. No elenco, o ex-vascaíno Botti tenta dar um toque de criatividade ao meio-campo, mas é Hyeung-Bum Kim quem tem saído do banco para surpreender. Além dele, o es-Ponte Preta e CRB Zé Carlo, autor do gol do título continental, é perigoso. Ao contrário do que têm feito alguns times asiáticos, a receita do banco é apostar em um comandante caseiro: o técnico é o sul-coreano Kang Hee Choi, que rege a forte marcação dos verdes.
América: O América surge como candidato ao título, embora dependa de tropeços de Inter - que enfrentaria na final - e Barcelona - adversário na semi. Depois de quebrar a hegemonia costarriquenha na Concacaf, os mexicanos chegam com força ao Japão, especialmente depois da campanha continental. É bem verdade que entrar apenas na fase final do torneio ajudou, mas as vitórias sobre Portmore United, Alajuelense e Toluca serviram para apenas confirmar a força do time. É bem verdade que Luis Hernandez não está mais no time, mas um jornada de Aaron Padilla pode dificultar as coisas para o Barça. As águilas, sob o comando de Luís Fernando Tena, podem contar ainda com Nelson Cuevas e com o experiente Cuauhtémoc Blanco (foto) para resolver as partidas.
Barcelona: O grande problema de ser europeu em uma competição como o Mundial é a obrigação de ganhar. Caso contrário, ficam todos com a cara que o esforçado Liverpool ficou em 2005. É o caso do Barça, que chega ao Japão com muito mais moral do que os reds chegaram, mas com uma série de problemas. Sem os perigosos e machucados Lionel Messi (foto) e Samuel Eto'o, o time dependerá da fase de Ronaldinho Gaúcho, que vem fazendo apresentações opacas desde o título da Liga dos Campeões da Uefa. Ainda assim, os blaugranas, comandados por Frank Rijkaard, são o melhor time do mundo e têm excelentes chances de título. Mesmo porque Ludovic Giuly e Eidu Gudjohnsen podem suprir com algum talento a ausência dos dois lesionados.
Inter: Depois de conquistar o título mais importante de sua história sobre o São Paulo, os colorados perderam um bocado da força que tinham após a Copa. Sem Tinga, Bolívar, Jorge Wágner e, especialmente, Rafael Sóbis, Abel Braga aposta em nomes como Iarley e Rentería. Ainda assim, a espinha dorsal do time foi mantida, com Clemer (que tem a revelação Renan de olho na vaga de goleiro), Ceará, Índio, Fabiano Eller, Edinho, Perdigão e Fernandão (foto). O time é um dos mais estáveis do Brasil nos últimos dois anos e, se souber não respeitar demais os adversários, pode acabar voltando do Japão com a taça. Mesmo assim, não é o principal favorito. Mesmo porque Abel resolveu levar quatro goleiros ao Japão e deixou de fora os criativos Léo e Caio, o que pode custar caro mais tarde.
E aí? Em quem você aposta?
O regulamento é simples. Auckland City (campeão da Oceania) enfrenta o Al-Ahly (campeão da África) pelo direito de enfrentar o Inter (campeão da Libertadores). Do outro lado, América do México (campeão da América do Norte, Central e Caribe) e Chonbuk Motors (campeão asiático) medem forças para encarar o Barça (campeão europeu). Os vencedores fazem a final. Mas até lá, o que podemos saber desses seis times?
Auckland City: Com a saída da Austrália da Confederação de Futebol da Oceania (OFC), a Nova Zelândia deve ter uma grande hegemonia no futebol local, e já começou comprovando com o título do Auckland City na Copa dos Campeões da Oceania. O problema do time é que, além de semi-amador, a concorrência local é fraca. Para que se tenha idéia, o adversário do Auckland na final foi o AS Piraé, do Taiti, vencido por 4x0 em casa. O grande mérito do time neozelandês é o famoso elemento-surpresa. Com aquele velho chavão de entrar como franco atirador, será difícil chegar sequer às semifinais ou ficar com o quinto lugar. Mas não é nada demais ter alguma atenção com o atacante sul-africano Keryn Jordan.
Al-Ahly: Ninguém é bicampeão continental a toa. É com esse pensamento que os egípcios do Al-Ahly irão ao Japão, de olho em uma campanha mais feliz que a de 2005, quando perdeu para Al-Itthad e Sidney FC e ficou na lanterna do torneio. O grande mérito do time, considerado o maior time africano do século XX segundo a Fifa, é o técnico português Manuel José, que comanda a equipe desde 2003, além do entrosamento do conjunto. Se quiser passar pela estréia, o Auckland City terá bastante trabalho para vencer o goleiro Essam El-Hadary, o habilidoso meia Mohamed Barakat e o perigoso centro-avante Emad Moteb, todos remanescentes da campanha de 2005.
Chonbuk Hyundai Motors: A equipe sul-coreana, também conhecida como Jeonbuk Motors, teve o azar de pegar, logo de cara, o América do México. Isso deve dificultar bastante a tarefa da equipe, que demonstrou bastante força no caminho (curto) até Tóquio. Para ser campeão da Liga dos Campeões da Ásia, o Chonbuk passou por equipes tradicionais, como o Gamba Osaka e pelo Ulsan Hyundai, antes de vencer a zebra síria Al-Karama na final. No elenco, o ex-vascaíno Botti tenta dar um toque de criatividade ao meio-campo, mas é Hyeung-Bum Kim quem tem saído do banco para surpreender. Além dele, o es-Ponte Preta e CRB Zé Carlo, autor do gol do título continental, é perigoso. Ao contrário do que têm feito alguns times asiáticos, a receita do banco é apostar em um comandante caseiro: o técnico é o sul-coreano Kang Hee Choi, que rege a forte marcação dos verdes.
América: O América surge como candidato ao título, embora dependa de tropeços de Inter - que enfrentaria na final - e Barcelona - adversário na semi. Depois de quebrar a hegemonia costarriquenha na Concacaf, os mexicanos chegam com força ao Japão, especialmente depois da campanha continental. É bem verdade que entrar apenas na fase final do torneio ajudou, mas as vitórias sobre Portmore United, Alajuelense e Toluca serviram para apenas confirmar a força do time. É bem verdade que Luis Hernandez não está mais no time, mas um jornada de Aaron Padilla pode dificultar as coisas para o Barça. As águilas, sob o comando de Luís Fernando Tena, podem contar ainda com Nelson Cuevas e com o experiente Cuauhtémoc Blanco (foto) para resolver as partidas.
Barcelona: O grande problema de ser europeu em uma competição como o Mundial é a obrigação de ganhar. Caso contrário, ficam todos com a cara que o esforçado Liverpool ficou em 2005. É o caso do Barça, que chega ao Japão com muito mais moral do que os reds chegaram, mas com uma série de problemas. Sem os perigosos e machucados Lionel Messi (foto) e Samuel Eto'o, o time dependerá da fase de Ronaldinho Gaúcho, que vem fazendo apresentações opacas desde o título da Liga dos Campeões da Uefa. Ainda assim, os blaugranas, comandados por Frank Rijkaard, são o melhor time do mundo e têm excelentes chances de título. Mesmo porque Ludovic Giuly e Eidu Gudjohnsen podem suprir com algum talento a ausência dos dois lesionados.
Inter: Depois de conquistar o título mais importante de sua história sobre o São Paulo, os colorados perderam um bocado da força que tinham após a Copa. Sem Tinga, Bolívar, Jorge Wágner e, especialmente, Rafael Sóbis, Abel Braga aposta em nomes como Iarley e Rentería. Ainda assim, a espinha dorsal do time foi mantida, com Clemer (que tem a revelação Renan de olho na vaga de goleiro), Ceará, Índio, Fabiano Eller, Edinho, Perdigão e Fernandão (foto). O time é um dos mais estáveis do Brasil nos últimos dois anos e, se souber não respeitar demais os adversários, pode acabar voltando do Japão com a taça. Mesmo assim, não é o principal favorito. Mesmo porque Abel resolveu levar quatro goleiros ao Japão e deixou de fora os criativos Léo e Caio, o que pode custar caro mais tarde.
E aí? Em quem você aposta?
Não entendi a menção ao Sâo Paulo no texto, como se ele e o Inter fossem times tão rivais quanto Barcelona e Real Madri, River e Boca, Corinthians e Palmeiras ou Santos e Jabaquara.
Só porque disputaram um título importante, não significa necessariamente que sejam inimigos mortais, como acontece com o Grêmio. E se algum são paulino diz que o Barça tem tudo pra ganhar, não é por desmerecimento ao time gaúcho, mas por que é verdade. E mesmo se fosse qualquer outro time sulamericano atual, isso não seria diferente.
Falando nisso, e o menino Caio, hein? Aquele que chuta com as duas pernas e dribla que nem o Zidane.
Posted by Igor Nishikiori | domingo, novembro 19, 2006
Não podemos esquecer que São Paulo e Inter rivalizam como melhor time do Brasil nos últimos dois anos. Pessoalmente, eu prefiro o Inter, que não é tão maníaco.
Mas o interessante do post é observar tudo que será repetido à exaustão nas próximas semanas pela sempre questionável Imprensa Esportiva. Eu vou até verificar, mais para frente, o que eu adiantei aqui! Quem sabe o MF não vira fonte?
Com ou sem Léo 'melhor que o Obina' ou Caio 'Zidane', dá-lhe Inter. Eu acredito!
Posted by Emanuel Colombari | segunda-feira, novembro 20, 2006
Decifrar qual time será campeão este ano é um pouco mais complicado ano passado, reflexo da participação de um representante da américa do norte/central muito mais forte que ano passado.
Em 2005 todos sabiam que a final seria entre São Paulo e Liverpool. Pela lógica, o único time finalista até agora é o Inter, já que os Europeus entram em campo para provar serem o melhor futebol do mundo sem necessariamente ter a obrigação de ganhar o campeonato, uma vez que a renda destinada aos campeões não vale nem preço de pinga. Já os mexicanos chegam com um futebol cada vez mais forte com investimentos em dólar, frutos da aceitação do mercado norte-americano ao quase popular mas ainda não preferido soccer. Com o retrospecto de uma participação aceitável do país na Copa, podemos colocar o América no páreo contra o desfalcado Barça e concluir que o vitorioso duelista dessa semi-final terá mais chances de ser campeão do que o próprio Inter, que já não tem o mesmo brilho com a perda de nomes importantes no elenco, como o próprio Colombari falou, além da dúvida que há sobre a condição física e técnica de Fernandão para carregar o Inter rumo ao título.
Posted by Anônimo | terça-feira, novembro 21, 2006
Pô, o comentário tá melhor que o post...
Só não acho que a campanha do México na Copa foi tão boa assim, a ponto de respaldar um possível título mundial das águilas.
Convenhamos: mesmo que o caminho indicasse Argentina e Alemanha pela frente, acho que os mexicanos esperavam mais do que as oitavas-de-final.
Posted by Emanuel Colombari | quarta-feira, novembro 22, 2006
Bom... Talvez os Mexicanos tenham esperado alguma coisa melhor... Já nós, apesar de torcermos por eles contra os hermanos, sabíamos que a tarefa seria difícil. Disse aceitável por isso... Claro que eles próprios deviam pensar, antes do começo da Copa, que jogariam de igual para igual contra Portugal, com chances até de se classificar em primeiro no grupo... Mas não só a Copa do Mundo prova uma possível nova potência do futebol: Jogar contra os mexicanos na Libertadores têm sido um chute no saco dos brasileiros, e não é só por causa da viagem longa e a tal da 'altitude'...
Posted by Anônimo | quarta-feira, novembro 22, 2006
Pra chutar o balde de vez e parar com essas análises de TV aberta do Casagrande resolvi postar aqui o que apostei no bolão da gazetaesportiva.net:
Jogo 1
Auckland 0 x 2 Al-Ahly
Jogo 2
Jeonbuk 0 x 3 América
Jogo 3
Al-Ahly 1 x 2 Inter
Jogo 4
América 0 x 1 Barcelona
Jogo 5
Auckland 1 x 0 Jeonbnuk
Jogo 6
Al-Ahly 1 x 2 América
Jogo 7
Inter 0 x 0(p) Barcelona
Classificação: Barcelona, Inter, América, Al-Ahly, Auckland e Jeonbuk.
Não me venham com chorumelas. Chega de firulas.
Posted by Anônimo | quarta-feira, novembro 22, 2006